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Estado de Minas

Milhares de egípcios protestam contra veredicto do julgamento de Mubarak

Mubarak e seu ministro do Interior, Habib el Adli, foram condenados neste sábado à prisão perpétua pela morte de cerca de 850 manifestantes no ano passado


postado em 02/06/2012 16:14 / atualizado em 02/06/2012 16:28

(foto: AFP PHOTO/MOHAMMED ABED )
(foto: AFP PHOTO/MOHAMMED ABED )


Milhares de egípcios se manifestavam neste sábado na Praça Tahrir, no centro do Cairo, e em várias cidades do Egito para criticar os veredictos pronunciados no processo do presidente deposto Hosni Mubarak.

Os manifestantes gritavam principalmente "Fora poder militar", concentrando a sua ira nos militares que assumiram o poder no país após a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011, sob a pressão de uma revolta que teve como epicentro a mesma Praça Tahrir.

Mubarak e seu ministro do Interior, Habib el Adli, foram condenados neste sábado à prisão perpétua pela morte de cerca de 850 manifestantes no ano passado. No entanto, seis antigas autoridades do Ministério do Interior processadas pelos mesmos motivos foram absolvidas. "Se não conseguirmos justiça para nossos mártires, nós vamos morrer como eles", gritava a multidão em Tahrir. "A prisão perpétua para o povo, e a absolvição para Mubarak", ironizava um manifestante em um cartaz, em referência ao veredicto do qual a defesa de Mubarak se prepara para recorrer. "Se você pensa que o antigo regime caiu, você está errado. A versão original está sendo baixada", ironizava um outro manifestante em um cartaz.

A multidão se reuniu em torno de um dos candidatos eliminados no primeiro turno da eleição presidencial de 23 e 24 de maio, Hamdeen Sabbahi, candidato da esquerda que ficou em 3º.

Na cidade de Alexandria (norte), de 4 a 5 mil pessoas se manifestavam, enquanto em Ismailiya, no Canal de Suez, cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas, segundo correspondentes da AFP no local.

Em Suez, à leste do Cairo, algumas centenas de pessoas protestavam e por volta de 2 mil pessoas se manifestavam em Port-Said (nordeste) exigindo "uma limpeza no sistema judiciário", de acordo com testemunhas.

Esse processo histórico chegou ao final neste sábado entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial que vai designar o sucessor de Mubarak. O islamita Mohamed Mursi e o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Shafiq, estão na disputa pelo segundo turno nos dias 16 e 17 de junho.

O Exército prometeu entregar o poder antes do fim de junho depois que o nome do novo chefe de Estado for anunciado.


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