CAIRO - Cinco dos seis ex-chefes egípcios da segurança - julgados juntamente do ex-presidente Hosni Mubarak pela morte de manifestantes e em seguida absolvidos - serão liberados neste domingo, informou a agência oficial Mena.

O sexto responsável, o ex-chefe da Segurança do Estado (hoje dissolvida), Hasan Abdel Rahman, permanecerá na prisão à espera do fim da investigação sobre a destruição de documentos neste serviço, muito temido na época de Mubarak, disse a agência.

A promotoria egípcia havia pedido a pena de morte para Mubarak, seu ex-ministro do Interior, Habib el Adli, e para os seis ex-altos-funcionários por sua responsabilidade na morte de uma parte dos 850 manifestantes que morreram durante a revolta popular de janeiro e fevereiro de 2011.

Contudo, o presidente do tribunal, Ahmed Rifaat, condenou Mubarak e Adli à prisão perpétua e absolveu os outros seis acusados.

Após a sentença, milhares de egípcios saíram às ruas para manifestar sua insatisfação.

Alguns julgam a sentença com sendo muito clemente e pedem a forca para Mubarak, enquanto que outros temem que a absolvição dos ex-chefes da segurança seja símbolo para a impunidade da polícia, acusada de violações sistemáticas dos direitos humanos.

Os cinco ex-chefes da segurança que serão liberados neste domingo são: o chefe da Segurança Geral, Adli Fayed, o chefe da Segurança Central, Ahmed Ramzi, e os chefes regionais da Segurança do El Cairo, Ismail al-Shaer, da região de Guiza, Osama al-Marasi, e ex-diretor de segurança de Giza, Omar Faramawi.