Manifestantes prometem para esta terça-feira um dia de protestos no Egito, o principal na Praça Tahir, no Cairo, que se transformou em símbolo de resistência e crítica ao governo. Eles protestam contra a pena de prisão perpétua definida pela Justiça para o ex-presidente Hosni Mubarak, que até o ano passado comandava o país. Muitos manifestantes defendem a pena de morte.
Candidatos à Presidência derrotados no mês passado, o nacionalista Hamdeen Sabbahi e o muçulmano moderado Abdel Moneim Aboul Foutouh prometeram que vão manter os esforços em favor do que chamam revolução. Desde o ano passado, com a renúncia de Mubarak, o Egito é governado por uma Junta Militar.
Sabahi e Aboul Foutouh participaram nessa segunda-feira da organização dos protestos marcados para hoje. “Não vamos aceitar [um segundo turno das] eleições sem o respeito à lei, que limita a participação [de alguns colaboradores] da era Mubarak nas eleições presidenciais”, disse Sabahi. Ele se referiu ao primeiro-ministro de Hosni Mubarak, Ahmad Chafiq, que concorre às eleições com o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi.
O segundo turno das eleições no Egito está marcado para os dias 16 e 17 junho. “Estamos juntos, sejam testemunhas da nossa unidade e vamos continuar. Com todos, vamos à revolução", disse Sabahi.
Aboul Foutouh garantiu que “a revolução vai continuar”. Em seguida, repetiu com os manifestantes o slogan "agora, aqui, não vamos entregar a nossa revolução a ninguém”.