O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança que a crise nesse país em breve estará "fora de controle" caso a pressão internacional não produza resultados rapidamente, disseram diplomatas à AFP.
Annan reiterou seus pedidos para que as principais potências advirtam o presidente Bashar al Assad de "graves consequências" caso não cumpra o estipulado no plano de paz de seis pontos, disseram à AFP diplomatas que participam da reunião a portas fechadas do Conselho. "Quanto mais esperamos, mais escuro parece o futuro da Síria", disse o enviado internacional aos 15 membros do corpo, citado por outro diplomata.
O Conselho deve aplicar uma "pressão unificada" a Assad, completou Annan, destacando que a iniciativa de paz não pode ter "final aberto".
O Conselho de Segurança aprovou duas resoluções habilitando uma missão de observação da ONU na Síria e condenou a violência nesse país, mas está dividido sobre como aumentar a pressão sobre o regime de Assad.
A Rússia, o último aliado importante da Síria, e a China, vetaram duas resoluções do Conselho que apenas ameaçavam aplicar sanções. Estados Unidos e as nações europeias favorecem a imposição de sanções econômicas à Síria.