O Supremo Tribunal do Reino Unido rejeitou o pedido do fundador e editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange, de reabrir o caso de extradição contra ele, o que significa que ele pode ser enviado para a Suécia até o final do mês.
Numa decisão rápida, o tribunal rejeitou os argumentos de que a defesa de Assange não teve chance de examinar adequadamente das provas usadas pelos juízes para negar a apelação contra a extradição.
O resultado efetivamente encerra as opções legais de Assange no Reino Unido, onde ele luta contra o pedido de extradição desde o final de 2010. Assange ainda pode apelar ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo, mas especialistas dizem que ele teria poucas chances de sucesso naquela corte.
A advogada Jennifer Robinson, que representa Assange, disse que não está claro se o australiano de 40 anos vai apelar ao tribunal europeu. "Ainda estamos estudando", escreveu ela na rede social Twitter.
Assange nega ter cometido crimes na Suécia, afirmando que o sexo com as mulheres foi consensual. Ele e os apoiadores do WikiLeaks disseram que o caso é manipulado por pessoas irritadas com as revelações feitas pelo site e tem fins políticos.
O WikiLeaks é sido pelo maior vazamento de documentos secretos na história norte-americana, dentre eles cerca de 250 mil telegramas diplomáticos do Departamento de Estado.
O Tribunal Superior deu a Assange duas semanas de carência antes do início dos procedimentos para sua extradição. Assim que este período terminar, as autoridades têm dez dias para enviar Assange para a Suécia. Se o tribunal europeu não intervir, Assange pode ser expulso do Reino Unido entre 28 de junho de 7 de julho.