A Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou nesta quinta um pedido de impeachment contra o Fernando Lugo, por 73 votos a favor e um contra. Os parlamentares deliberaram que o governante teve "fraco desempenho de suas funções". Contudo, Lugo já divulgou uma nota afirmando que não acatará a decisão.
"Este presidente não vai apresentar renúncia ao cargo e se submete com absoluta obediência à Constituição e às leis para enfrentar o julgamento político com todas as suas consequências", diz o documento. As tensões envolvendo Lugo se intensificaram um após violento confronto gerado por uma ordem de despejo de trabalhadores sem-terra, na sexta-feira passada.
A presidente Dilma Rousseff está muito preocupada com a situação do Paraguai e o processo de impeachment que está sendo imposto ao presidente Fernando Lugo. A Câmara dos Deputados paraguaia aprovou nesta quinta-feira uma proposta inesperada para o impeachment do presidente do país, pelo "fraco desempenho de suas funções", após o violento confronto gerado por uma ordem de despejo de trabalhadores sem-terra. A proposta foi aprovada por 73 votos a favor e um contra.
Toda a atenção do governo brasileiro está destinada ao assunto e a presidente Dilma Rousseff já chegou a conversar, na manhã desta quinta-feira, com o presidente do Uruguai, José Mujica, sobre o assunto. Qualquer declaração oficial do Brasil, porém, só deve ocorrer depois que o processo for decidido. O governo Dilma, segundo informações obtidas pela Agência Estado junto à diplomacia brasileira, estaria classificando o episódio como um golpe. Esse processo poderá antecipar inclusive a reunião do Mercosul que está marcada para o fim da próxima semana, em Mendoza, Argentina.