Os senadores paraguaios decidiram pleo impeachment de Fernando Lugo no inicio da noite desta sexta-feira. A situação no país ficou tensa, já que milhares de apoiadores do presidente estavam reunidos diante do Senado. Pouco depois do anúncio da decisão a policia avançou contra a multidão e depois de um rápido confronto dispersou os manifestantes que estavam no local.
O vice-presidente paraguaio ainda não declarou se vai aceitar o cargo. Representantes da Unasul reunidos no país já informaram que não vão aceitar a destituição do presidente. Foram 39 votos a favor do Impeachment, quatro contrários e duas abstenções.
Lugo disse durante a tarde da sexta-feira que iria acatar a decisão do senado, mas que iria se organizar de outras formas para resistir ao que chamou de "Golpe expresso".
Impeachment
Para retirar Lugo do cargo, o senado paraguaio alegou que o ex-presidente foi o responsável pela morte de 17 pessoas, em um confronto entre policiais e camponeses armados no interior do país, ocorrido no último dia 15 de junho. Os parlamentares se reuniram na tarde de quinta-feira para decidir que procedimento adotar. Assim que soube que a Câmara aprovaria o impeachment, Lugo anunciou a sua decisão de permanecer no cargo e “honrar o juramento feito no dia 15 de agosto de 2008, data de sua posse, completou.
O ex-bispo da Igreja Católica foi eleito com a promessa de defender os mais pobres – especialmente os camponeses. O governo tem evitado usar a força para obrigar os sem-terra a sair das fazendas ocupadas – entre elas, as de plantações de soja dos brasiguaios, como são chamados os colonos brasileiros no Paraguai.
Esta é a segunda vez que o Congresso paraguaio abre processo de impeachment de um presidente. Em 1999, o alvo foi Raul Cubas Grau. Ele preferiu renunciar à Presidência a ter que enfrentar o processo, e se exilou no