Uma dos líderes do Hamas, grupo militante que governa a Faixa de Gaza, disse neste sábado que o grupo vai tentar novamente respeitar o cessar-fogo com Israel, após seis dias de violência. Ayman Taha disse à agência France Presse que o Hamas e "facções da resistência palestina vão respeitar a trégua contanto que as (forças) de ocupação façam o mesmo e foi isso que dissemos aos nossos irmãos egípcios, que exigiram que paremos de atacar".
"Os egípcios (que mediaram o cessar-fogo) exigiram que as forças de ocupação interrompam sua agressão e nos informaram que estão preparados para isto", afirmou Taha. "Dizemos a eles que responderemos à calma com calma. Se os ocupantes interromperem (seus ataques), não haverá novas retaliações das facções de resistência."
Uma autoridade próxima ao grupo disse que o cessar-fogo passará a valer à meia-noite (horário local, 18 horas em Brasília).
Mais cedo, o Hamas havia ameaçado cancelar a tentativa de trégua anterior, anunciada na quarta-feira, que vinha sendo desrespeitada. Autoridades palestinas disseram que três palestinos foram mortos e dezenas ficaram feridos em sete ataques israelenses realizados neste sábado.
Uma porta-voz militar israelense disse que até a noite de sábado 24 foguetes haviam sido disparados de Gaza em direção a Israel e que outros cinco haviam sido derrubados pelo sistema de defesa Domo de Ferro. Há informações de que outros foguetes caíram no mar ou no interior da Faixa de Gaza.
Um homem da cidade israelense de Sderot ficou ferido durante um ataque de manhã, informou a política israelense. A atual rodada de violência teve início na segunda-feira, quando dois militantes se infiltraram em Israel através da Península do Sinai e mataram um trabalhador árabe-israelense que fazia parte de uma equipe que construía uma cerca fronteiriça de segurança, justamente para evitar ataques deste tipo.
Os palestinos afirmam que desde segunda-feira 15 pessoas foram mortas em Gaza por causa de ataques israelenses, e dezenas ficaram feridas. Pelo menos 150 foguetes e morteiros atingiram Israel, ferindo cinco pessoas, dentre elas quatro oficiais de fronteira. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.