Anunciada na noite de neste domingo (24) pelo governo argentino, que ocupa a presidência temporária do Mercosul, a medida serve como protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros – o Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru.
Sarney destacou que a cassação do ex-presidente Lugo pelo Congresso do Paraguai, quase em rito sumário, foi uma ação política que ainda ocorre “em outros países”. Ele acrescentou que o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) devem estar atentos a essas outras circunstâncias.
Pelo menos neste momento, o presidente do Senado não vê condições políticas para que Lugo retome o exercício da Presidência da República. Para Sarney, ao ser cassado pelo Congresso e aceitar rapidamente o impeachment, Fernando Lugo considerou que perdeu as condições políticas de permanecer na Presidência do país.
Isso não impede que ele concorra nas eleições presidenciais previstas para 2013. Sarney evitou qualquer comentário sobre a possibilidade de se antecipar essas eleições para tentar manter a ordem política interna e garantir o retorno do país ao Mercosul. “Isso é um problema interno, aí vamos entrar em um problema de decisão do próprio Paraguai.”