A Rússia bloqueou a imposição de medidas drásticas contra os dois países, enquanto Israel tem indicado que pode usar a força militar para encerrar o programa nuclear iraniano.
Em breve comunicado divulgado após a reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Putin relevou que as conversações versaram sobre a situação no Irã e o sangrento levante na Síria, mas afirmou que vê as negociações como a única solução para as duas questões.
Já Netanyahu deu mais detalhes sobre a reunião. "Nós concordamos que as armas nucleares nas mãos do Irã representam um perigo grave, primeiro para Israel, mas também para a região e para todo o mundo", disse ele. "Duas coisas precisam ser feitas agora: precisamos intensificar as sanções e as exigências."
Netanyahu afirmou que todo o enriquecimento de urânio no Irã deve ser interrompido e sua instalação nuclear subterrânea, perto de Qom, deve ser desmantelada, acrescentando também que "o assassinato e o terrível sofrimento do povo sírio" deve ser impedido.
Israel vê o Irã como seu inimigo mais perigoso porque está convencido que o programa nuclear iraniano tem como objetivo construir bombas e não propósitos pacíficos como a produção de energia, como afirma Teerã.
Os temores são intensificados pelos frequentes pedido iranianos para a destruição de Israel, pelo arsenal de mísseis balísticos iraniano e pelo apoio que Teerã dá aos militantes contrários ao Estado judeu.
Israel já repetiu inúmeras vezes que não vai tolerar o fato de o Irã possuir armas nucleares e embora afirme que prefere uma solução diplomática, já sugeriu o uso de ataques militares como último recurso. Acredita-se que Israel também tenha armas nucleares.