O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo responsabilizou seu sucessor, Federico Franco, que foi seu vice, por possíveis sanções internacionais contra o país em consequência de sua destituição pelo Congresso por meio de um julgamento político.
Lugo foi destituído na sexta-feira passada, após um julgamento político sumário "por mau desempenho de suas funções" e substituído pelo então vice-presidente Federico Franco, uma medida que desencadeou condenações unânimes na região.
O manifesto denunciou "uma intenção perversa de setores golpistas de semear desinformação" e antecipou que insistirá junto ao secretário-geral da OEA, o chileno Miguel Insulza, que visitará o Paraguai no sábado, sobre o fato de que o impeachment "foi ilegal porque não se respeitou o devido processo".
"A missão da OEA no Paraguai se soma à preocupação com o processo paraguaio e nossa equipe jurídica oferecerá todos os argumentos ou provas de que não se cumpriu o devido processo", enfatizou o comunicado.
O ex-chefe de Estado se instalou desde a segunda-feira na sede do partido País Solidario, chefiado por seu ex-ministro do Interior, Carlos Filizzola.
Em seu comunicado, reforçou que seus simpatizantes mantêm uma atitude pacífica em seus protestos, esclarecendo as advertências de governistas sobre supostos planos de incitação à violência promovidos pelos partidários de Lugo.