Segundo Patriota, a sanção contra o novo governo paraguaio, que não participará da cúpula do Mercosul em Mendoza, tem como base o chamado Protocolo de Usuhaia 1, de 1998, que prevê medidas contra um país onde não há garantias para a democracia.
"O entendimento se baseia no Protocolo de Ushuaia, onde há uma primeira frase que fala da suspensão da participação em reuniões (...). A decisão é que a suspensão terá como base esta primeira frase", revelou Patriota.
A reunião a portas fechadas em um luxuoso hotel de Mendoza teve a presença dos chanceleres de Argentina, Héctor Timerman; Uruguai, Luis Almagro, Venezuela, Nicolás Maduro, e de Patriota.
Nenhum representante do novo governo paraguaio, presidido por Federico Franco, participa da cúpula do Mercosul.
O presidente Fernando Lugo foi destituído em um impeachment sumário, na sexta-feira passada, após a morte de seis policiais e 11 sem-terra durante a desocupação de uma fazenda, no dia 15 de junho.
A eventual criação de um Tratado de Livre Comércio com a China, assim como medidas para enfrentar os efeitos da crise europeia, são outros temas abordados pelos chanceleres do Mercosul.
Na sexta-feira, os presidentes e ministros da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) também condenarão a decisão do Senado paraguaio de destituir Lugo por "mau desempenho de suas funções", em uma reunião extraordinária que contará com a presença de representantes de 11 dos 12 países sul-americanos.
Além dos países fundadores, a Venezuela está em processo de adesão ao Mercosul, até agora travado pelo Parlamento paraguaio, enquanto Chile, Bolívia, Equador e Peru são associados.