O Senado paraguaio destituiu no último dia 22 o presidente Fernando Lugo, após um julgamento político sumário por mau desempenho de suas funções. Os governos de seus parceiros do Mercosul consideraram que o fato constituía uma ruptura da ordem democrática e por isso tomaram a iniciativa de sancionar o novo governo paraguaio.
"A decisão é ilegal, ilegítima e violatória do devido processo. Carece de validade moral e material. No Paraguai não ocorreu uma ruptura da ordem democrática. Está em plena vigência. Os direitos e liberdades estão garantidos", afirmou Fernández ao ler um comunicado.
Ele acrescentou que o Paraguai "vai promover as ações que correspondam para tornar (a sanção) sem efeito".
"Todas as decisões que o Mercosul tome sem a representação do Paraguai carecem e carecerão de validade jurídica e não obrigarão o país", manifestou o chanceler paraguaio.
Ele acrescentou que o governo do Paraguai "condena que os outros Estados-membros (Brasil, Argentina e Uruguai) tenham sancionado o governo e o povo paraguaio a incorporar um novo membro pleno do Mercosul (a Venezuela) antes de finalizar os trâmites legislativos correspondentes".