Autoridades eleitorais do Paraguai disseram nesta segunda-feira que as eleições gerais previstas para abril de 2013 não serão adiantadas, após uma reunião com o secretário-geral da OEA, Miguel Insulza.
"Dissemos que a constituição dá ao tribunal eleitoral o poder de convocar e organizar as eleições. Informamos ao (secretário-geral) que não prevemos adiantar as eleições", disse Juan Manuel Morales, ministro do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE). Segundo ele, a justiça eleitoral "fará o possível para organizar uma eleição com erro zero, de modo que as pessoas escolham um candidato. Eles nos disseram que vão nos ajudar o quanto for possível." Insulza, que avalia a situação política após o impeachment do presidente Fernando Lugo, iniciou uma rodada de conversas com o presidente Federico Franco, com Lugo e funcionários do Congresso, do Poder Judiciário, presidentes de partidos políticos, e na terça-feira seguirá com líderes sociais e ONGs, antes de retornar a Washington. "Algumas conseqüências vemos mais claramente agora", disse Insulza nesta segunda-feira, sem especificar quais eram suas opiniões. Questionado sobre se a situação no Paraguai é grave, respondeu: "não diria grave, mas delicada pelo menos". O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA) disse que no Paraguai encontrou um ambiente calmo e inalterado. "Todos concordam com isso. Além do que passou (10 dias atrás, quando Lugo foi deposto) não vejo convulsões."