Policiais e um juiz realizaram nesta terça-feira buscas na casa e no escritório do ex-presidente Nicolas Sarkozy, por conta do caso Bettencourt, informaram à AFP o advogado do ex-chefe de Estado e fontes próximas à investigação.
Uma dúzia de policiais acompanhou o juiz de instrução Jean-Michel Gentil, de acordo com uma fonte próxima à investigação. O juiz investiga um possível financiamento político ilegal da campanha presidencial de Nicolas Sarkozy em 2007. O ex-presidente viajou na segunda-feira com sua família para o Canadá, segundo seu advogado, Thierry Herzog.
O site do jornal Le Monde também se referiu a uma busca no escritório de advocacia, ao qual Nicolas Sarkozy é associado, o que ainda não foi confirmado por fontes ligadas à investigação.
"Essas buscas, mesmo após o meu encaminhamento ao magistrado de todos os elementos necessários, há 15 dias, vão se revelar, como podemos esperar, procedimentos desnecessários", declarou Herzog.
Os documentos enviados por ele ao juiz mostram, segundo ele, "a absoluta impossibilidade de supostos 'encontros secretos' com Liliane Bettencourt", a herdeira do grupo L'Oréal.
Herzog afirma que na carta informou ao juiz "que todas as viagens e lugares por onde Nicolas Sarkozy passou em 2007, estavam sob o controle dos policiais responsáveis pela sua segurança".
Ele explica que escreveu novamente ao juiz nesta terça-feira dando a identidade desses agentes, que "devem atestar que houve apenas um encontro no dia 24 de fevereiro de 2007, em sua casa, com André Bettencourt", falecido marido de Liliane Bettencourt.
O caso Bettencourt, que teve início com um conflito familiar entre a bilionária e sua filha transbordou para a arena política e levou à renúncia do ex-ministro do Trabalho de Nicolas Sarkozy, Eric Woerth, por suspeita de conflitos de interesse e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.