O presidente americano, Barack Obama, fez novas críticas às táticas comerciais da China e ao seu adversário na disputa pela Casa Branca, Mitt Romney, durante sua primeira viagem de ônibus pelo país em sua campanha à reeleição.
"Nesta manhã, minha administração iniciou uma nova ação contra as inúmeras práticas comerciais desleais chinesas que prejudicam a indústria automobilística americana", declarou Obama a uma multidão que aguardava o hasteamento da bandeira.
Pequim é conhecida por "roubar" fábricas e empregos de outros países com sua mão-de-obra barata, tema recorrente no discurso de Obama em críticas a seu oponente à presidência.
O presidente destacou uma recente notícia do jornal Washington Post indicando que a antiga empresa de Romney, a Bain Capital, era uma pioneira em promover empregos em outros países, como a China.
"O governador Romney tem experiência em comandar empresas que são conhecidas pela terceirização", acusou Obama.
"Minha experiência tem sido salvar a indústria automobilística americana", acrescentou.
Ohio é um eterno campo de batalha na disputa presidencial --nenhum republicano jamais conquistou a Casa Branca sem vencer lá-- e o caminho de Romney para o poder parece tortuoso se ele não conseguir a maioria no estado em 6 de novembro.
Romney planeja uma campanha pesada na região este ano e alega que o governo de Obama de não foi capaz de recuperar a economia e promover novos empregos.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, insistiu que a ação faz parte da política econômica de Obama e nada tem a ver com a campanha contra Romney.
Romney acusou Obama de tentar desviar as atenções da taxa de desemprego no país, que chega a 8,2%, e da difícil recuperação da economia americana.
"Devemos sempre apostar no nosso país, mas não devemos dobrar esta aposta em Barack Obama. Ele teve sua chance. Não está funcionando. Precisamos tentar uma nova direção", declarou o copresidente da campanha de Romney, Tim Pawlenty, a uma rádio de Ohio.