O candidato do PRI, Enrique Peña Nieto, foi ratificado nesta sexta-feira como vencedor da eleição presidencial de domingo com 38,21% dos votos, segundo a contagem oficial divulgada pela autoridade eleitoral, resultado que a esquerda afirmou que deve impugnar.
O candidato da esquerda, Andrés Manuel López Obrador, obteve 31,59% dos votos, enquanto a candidata do Partido Ação Nacional (PAN, no poder), Josefina Vázquez Mota, levou 25,41%, de acordo com o resultado oficial divulgado no site do Instituto Federal Eleitoral (IFE).
A contagem dos votos nos 300 distritos nos quais o país de 112 milhões de habitantes se divide começou na quarta-feira e terminou na manhã desta sexta-feira, com um atraso de um dia em relação ao esperado.
Em quase 50% das pouco mais de 144 mil mesas de votação foi realizada a recontagem de voto por voto depois de terem sido detectadas inconsistências na contagem preliminar, uma medida que está prevista na reforma eleitoral de 2007, que estabelece a recontagem se em uma mesa de votação a diferença entre o primeiro e o segundo candidato for igual ou menor que 1%.
Benito Naciff, conselheiro do IFE, explicou em declarações à emissora Formato 21 que a demora deveu-se ao "grande número de pacotes que foram abertos" e, em alguns casos, às prolongadas discussões entre funcionários eleitorais em torno de alguns votos que ainda provocavam dúvidas.
A contagem preliminar feita pelos funcionários das mesas eleitorais - escolhidos aleatoriamente pelo IFE entre os eleitores registrados - foi divulgada no domingo e já dava a vitória ao PRI, que esteve no poder de 1929 a 2000.
O candidato de esquerda López Obrador pediu na terça-feira sem sucesso ao IFE a recontagem de votos em todas as urnas, assim como em 2006, quando perdeu por 0,56% para Felipe Calderón.