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Estado de Minas

Assembleia do Egito é reabilitada por ordem do novo presidente


postado em 09/07/2012 07:36 / atualizado em 09/07/2012 08:03

O novo presidente do Egito, Mohamed Morsi, ordenou ontem que o Parlamento liderado por islâmicos, que fora dissolvido a mando dos generais que governavam o país, volte a legislar até que outro possa ser eleito, desafiando a autoridade dos militares que destituíram o Congresso com base numa decisão judicial. Morsi assumiu o poder em 30 de junho, tendo herdado o posto dos generais que governaram o Egito interinamente desde a queda de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011. Mas, pouco antes de assumir, o Exército retirou alguns poderes presidenciais e deu a si mesmo um papel legislativo. A decisão de Morsi remove esses poderes legislativos do Exército e os entrega ao Parlamento, dominado pelo partido da Irmandade Muçulmana, o mesmo do presidente, e seus aliados, disseram especialistas.

A agência de notícias estatal Mena afirmou que o conselho militar realizou ontem mesmo uma sessão extraordinária para discutir o decreto. Os generais não receberam aviso prévio sobre a decisão de Morsi. O presidente também pediu uma eleição antecipada assim que uma nova Constituição seja feita. Isso sugere um possível acordo, ao indicar que a Assembleia, criticada pela sua performance inicial, não permanecerá pelos quatro anos de mandato. O pano de fundo para tal decisão ainda não está claro, mas o pedido de eleições antecipadas pode apaziguar as exigências para um novo Parlamento. “Os militares queriam dissolver o Parlamento e a Irmandade, não. Urge um entendimento, senão haverá impasse”, afirmou o analista Shadi Hamid, do Brookings Doha Center.

A Suprema Corte Constitucional ordenou a dissolução da Câmara dos Deputados em 14 de junho, após encontrar falhas no processo eleitoral. Os generais implementaram a decisão dois dias depois e, em seguida, emitiram um decreto delimitando os poderes presidenciais em 17 de junho, antes mesmo da contagem dos votos da eleição para o cargo. A Irmandade entrou com um processo em outro tribunal para contestar a decisão de dissolver o Parlamento, argumentando que tal decisão só poderia ter sido tomada com consentimento popular.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou Morsi a visitar Washington em setembro, mostrando a nova ligação que seu governo está cultivando com os líderes islâmicos.


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