Ahmad Khan Samangani, membro do Parlamento afegão, foi morto na explosão durante uma festa de casamento em Aybak, capital da província de Samangan, disseram autoridades. Lal Mohammad Ahmadzai, um porta-voz da política no norte do Afeganistão, disse que um homem-bomba detonou seus explosivos na recepção onde Samangani recebia os convidados. O porta-voz afirmou que 22 pessoas, incluindo Samangani, morreram. Um chefe de polícia da região acrescentou que 60 pessoas ficaram feridas.
Foram mortos também Sayed Ahmad Sami, um policial de alto escalão do oeste do Afeganistão e o comandante Mohamadullah, chefe do exército do centro de treinamento da província de Balkh no norte do país, afirmou o porta-voz do escritório de governo da província de Samangan, Mohammad Seddiq Azizi.
O Ministério do Interior do Afeganistão informou que vários outras pessoas proeminentes foram mortas em ataques, incluindo o chefe da inteligência provincial e ex-comandante sênior da guerrilha contra os soviéticos, e um ex-governador da província do norte de Sar-e-Pul.
Investigação
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, condenou os ataques e pessoalmente expressou condolências aos familiares dos mortos, disse a assessoria de imprensa da presidência. Em nota, Karzai pediu a formação de uma delegação de alto escalão para investigar os ataques.
Em incidente paralelo, uma autoridade foi assassinada na noite de sexta-feira, em outra relativamente calma província, no oeste do Paquistão. Mahiudeen Nori, porta-voz de governo da província de Herat, disse que o governador de Shindand foi morto a tiros por um desconhecido, que estava sobre uma motocicleta, na volta para casa das orações em uma mesquita local.
Shindand é o local da maior base aérea que deverá funcionar como centro de treinamento para a nova força aérea afegã. Em assassinato similar no sul do Afeganistão, autoridades disseram que Rahmatullah, chefe do 15º distrito policial da cidade de Kandahar, foi morto por dois homens armados em uma motocicleta.
Etnia
No leste do Afeganistão na sexta-feira, Hanifa Safi, chefe do departamento de assuntos da mulher na província de Laghman, morreu na explosão de uma bomba controlada remotamente. Autoridades disseram que a bomba, colocada em seu carro, deixaram seu marido e filha feridos, junto a outras seis vítimas.
O Taleban, movimento insurgente de etnia Pashtun com uma longa história de conflito com os grupos étnicos de minoria do Afeganistão, descartaram responsabilidade pelo ataque que matou Samangani. "Não estamos cientes sobre quem o matou", disse um porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid. "Ele era uma pessoa controversa e com muito inimigos, portanto, não sabemos quem está por trás do assassinato", acrescentou. Autoridades norte-americanas descartam a possibilidade de uma nova guerra civil.
Samangani foi um líder conhecido durante a guerra contra a ocupação soviética na década de 1980 e na guerra civil que se seguiu. As informações são da Dow Jones.