Os embates entre integrantes da oposição e agentes de segurança na Síria se intensificaram hoje (17) em Damasco, capital do país. Durante a madrugada, houve tiros e confrontos, segundo relatos de organizações não governamentais. Até o final da semana passada, os confrontos se concentravam nas cidades ao redor da capital, mas agora os bairros ao sul de Damasco também são alvos dos conflitos.
A onda de violência na Síria dura 16 meses e deixou mais de 16 mil mortos, inclusive crianças e mulheres. A oposição exige a renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad, que resiste em negociar com os que chama de rebeldes. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Liga Árabe apresentaram um acordo de paz, mas até agora a proposta não foi executada por Assad.
Em comunicado divulgado pelo Exército Livre (formado por desertores do Exército oficial), os militares anunciaram que vão reagir às ações dos agentes de segurança ligados a Assad. Paralelamente, o ex-embaixador sírio no Reino Unido Nawaf Fares, que desertou, disse que o governo Assad pensa em usar armas químicas contra as forças da oposição.
“Estou convencido de que se o regime de Bashar Al Assad for encurralado pelo povo, ele vai usar essas armas”, disse Fares. “Há informações não confirmadas de que teriam sido utilizadas armas químicas em Homs”, acrescentou ele.