Há 11 anos, o Afeganistão vive sob clima de tensão e conflitos desde que foi desencadeada uma operação internacional de combate ao terrorismo na região. Na Síria, os confrontos foram deflagrados em março de 2011, quando insatisfeitos com o governo promoveram protestos e reivindicações pedindo eleições e mais liberdade no país.
Em visita ao Brasil, Krähenbühl conversou com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, embaixadores e autoridades do Ministério da Defesa. Segundo ele, o Brasil presta “importante colaboração internacional” ao cooperar com ações da Cruz Vermelha, como as missões para resgate de reféns das Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc).
“Buscamos ampliar a nossa relação estratégica cada vez mais. Também queremos ampliar o apoio financeiro”, disse o diretor de Operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), ressaltando que a entidade atua em 80 países e tem cerca de 12 mil funcionários – entre locais e estrangeiros.
Krähenbühl lembrou que os conflitos na Síria se ampliaram nos últimos dias, tomando conta de todo país, inclusive a capital, Damasco. Apesar de a Cruz Vermelha ter recebido autorização para permanecer nas áreas consideradas mais delicadas na região, ele disse que está preocupado com as dificuldades para o acesso das vítimas civis aos medicamentos e tratamentos de saúde.
O diretor da CICV informou também que várias escolas e instituições privadas foram transformadas em abrigos para as vítimas dos conflitos. Segundo ele, são comuns também ações isoladas de famílias sírias que passaram a ajudar os que viraram alvos dos confrontos.
Krähenbühl acrescentou ainda que, embora as divergências políticas imperem na Síria, a Cruz Vermelha consegue manter o diálogo com o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, e os integrantes da oposição. “Apesar desse aspecto positivo, a insegurança ainda é absoluta e todos estão ameaçados na Síria”, disse.