A oposição síria enviou mais combatentes para a capital, depois de o governo ter usado helicópteros armados para atacar rebeldes na periferia de Damasco, disseram líderes rebeldes. No terceiro dia de intensos confrontos, combatentes opositores afirmam ter tomado partes do sul da capital nesta terça-feira, mas foram impedidos por forças do governo de avançar para o centro.
Nas últimas semanas, o governo sírio cercou a capital com artilharia pesada, numa aparente preparação para um avanço rebelde, já que combatentes opositores de subúrbios rebeldes têm se transferido para Damasco, segundo moradores da capital. Os dois lados intensificaram os confrontos na segunda-feira. Grupos rebeldes anunciaram a intenção de avançar sobre Damasco e usaram granadas propelidas por foguete contra forças do governo pela primeira vez.
Nesta terça-feira, brigadas combatentes de Homs - o epicentro da resistência armada contra Assad - se transferiu para Damasco, informaram líderes rebeldes. Combatentes opositores de Homs estão entre os melhor equipados no conflito sírio e possuem tanto armas leves quanto mísseis antitanque contrabandeados pelas fronteiras do Líbano e da Turquia.
Um comandante rebelde em Damasco disse que seus combatentes foram provocados a declarar uma ofensiva para tomar a capital depois que forças do regime terem realizado ataques com morteiros e metralhadoras de helicópteros em bairros onde os rebeldes estavam escondidos.
"No começo, era uma simples operação para nos posicionarmos em novos bairros", disse ele, falando por telefone de Damasco, mas se recusando a divulgar sua identidade. "A batalha nos foi imposta, mas não há linha para o retorno. Então, tivemos de tomar a decisão de anunciar esta operação." Alguns combatentes a chamaram de "Operação Damasco Vulcão".
Há relatos conflitantes sobre se os militares usaram helicópteros em distritos dentro dos limites da cidade. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos disse que helicópteros dispararam sobre Qaboun, um bairro próximo de Damasco. Combatentes afirmaram que helicópteros atacaram Mezze, área nobre onde moram algumas das autoridades do governo, provocando danos num prédio perto da mesquita de al-Akram.