A destituição do presidente Fernando Lugo no Paraguai interrompeu as negociações entre a União Europeia e o Mercosul, que podem se restabelecidas após as eleições de 2013, indicou uma missão de eurodeputados ao término de sua visita de três dias a Assunção.
Yáñez-Barnuevo disse que a delegação se limitou a recolher relatórios sobre a situação paraguaia.
"Não somos juízes que vêm dar um veredicto, isso cabe aos paraguaios", respondeu ao ser perguntado se o Parlamento Europeu poderia adotar medidas em resposta à destituição de Lugo, que ocorreu em 22 de junho após um julgamento político sumário.
Yáñez-Barnuevo pediu que "as próximas eleições se desenvolvam com paz social, respeito aos direitos humanos e transparência" no Paraguai.
Ele afirmou que "é preciso apoiar o diálogo e manter a paz social" até as eleições gerais, e acrescentou que, se o Paraguai solicitar a presença de observadores à União Europeia, será avaliada a possibilidade de enviar uma delegação.
Yáñez-Barnuevo afirmou que a UE manterá seus programas de apoio e cooperação com o Paraguai.
Lugo foi destituído devido ao "mau desempenho" de suas funções, após violentos choques entre policiais e camponeses sem-terra que deixaram 17 mortos.
A destituição de Lugo levou os sócios do Paraguai no Mercosul -Argentina, Brasil e Uruguai- a decidirem em 29 de junho, em uma cúpula na cidade argentina de Mendoza, pela sua suspensão do bloco até as eleições de 2013. A mesma determinação foi tomada pela União Sul-Americana de Nações (Unasul).