"Este golpe mostrou que o regime não representa nada mais no futuro da Síria e que já faz parte do passado", acrescentou Sabran.
"É um novo sinal de que o regime se encaminha para o fim, já que o atentado aconteceu a menos de 500 metros do palácio presidencial, no mesmo lugar onde Bashar al Assad dá suas ordens de disparar contra as pessoas", prosseguiu.
"Pedimos ao nosso povo que se prepare para uma nova etapa e para receber novas notícias que mostraram que o poder perde o controle não apenas nas províncias e no conjunto do país, como também nas instituições militares e de segurança", indicou o porta-voz, que também pediu que sejam preservadas "as instituições do Estado para que continuem funcionando normalmente".
O ministro sírio da Defesa morreu nesta quarta-feira junto com seu vice-ministro e com o chefe da luta contra a rebelião em um atentado a bomba em Damasco, que atingiu em cheio a cúpula de segurança do presidente Bashar al-Assad, em meio aos combates que nesta quarta-feira deixaram mais de 200 pessoas mortas, de acordo com ativistas.
As mortes do ministro da Defesa, Daoud Rajha, e de seu vice-ministro, Assef Shawkat, cunhado de Assad, foram anunciadas pela televisão estatal, que também confirmou a do chefe da célula de crise, Hassan Turkmeni, comunicada anteriormente pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ONG com sede em Londres.
O atentado foi reivindicado pelo Exército Sírio Livre (ESL), formado por desertores e civis armados.