A União Europeia (UE) decidiu nesta segunda-feira reforçar suas sanções contra o poder na Síria e o controle do embargo à venda de armas para acentuar a pressão contra o regime de Bashar al-Assad, anunciou à AFP uma fonte diplomática. No início de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas foi alcançado um acordo para acrescentar 26 pessoas e três novas entidades à lista negra da UE e para fortalecer o embargo sobre as armas mediante controles reforçados, segundo a fonte. O acordo ainda deve ser oficialmente ratificado pelos ministros. "Vamos proibir a companhia aérea síria de aterrissar na Europa e vamos inscrever outras pessoas na lista de sanções", indicou o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn.
"O que ocorre na Síria é terrível", afirmou a representante da diplomacia da UE, Catherine Ashton. "A UE deve continuar com suas sanções, que são uma parte importante da pressão", explicou. Jean Asselborn, por sua vez, declarou-se contrário a entregar armas à oposição. "Sou contra isto, já que vai prolongar o conflito", declarou. "Uma intervenção militar (estrangeira) não é possível porque daria vantagem a Bashar al-Assad, que pode atacar, mas espero que isto não dure muito tempo", prosseguiu o chefe da diplomacia de Luxemburgo. "O regime vai cair, não sabemos quando, mas devemos nos preparar para depois", declarou seu homólogo sueco Carl Bildt.