Preocupado em não perder votos nas áreas rurais, Obama ressaltou que não se opõe à Segunda Emenda à Constituição dos EUA, que assegura aos cidadãos o direito à posse de armas para a autodefesa. Em seguida, colocou em questão a segurança pública. "Também penso que muitos proprietários de armas concordam que os Kalashnikovs (fuzil de assalto de fabricação russa) devem estar na mão de soldados, não de garotos. São armas para o campo de batalha, não para as nossas ruas e cidades."
James Holmes, o estudante de medicina de 24 anos que cometeu a chacina no cinema de Aurora, valeu-se das facilidades legais para adquirir, pela internet, armas e munições. Pelas normas do estado do Colorado, a comercialização desse material é permitida para quem não tenha antecedentes criminais, independentemente de quantidades.
ROMNEY Em Londres, onde foi assistir à abertura dos Jogos Olímpicos, Mitt Romney respondeu que os EUA "não precisam de novas leis" para lidar com a violência, e minimizou o fato de o assassino de Aurora ter conseguido adquirir sem dificuldades o arsenal utilizado no massacre. "Uma porção de coisas que aquele jovem fez era contra a lei, mas o fato de ser ilegal não o inibiu de fazê-lo", argumentou o candidato republicano que enfrentará Obama na eleição de novembro.
Romney, que inicia uma viagem internacional – seguirá para a Polônia e para Israel –, causou controvérsia ao criticar o que chamou de falhas "desconcertantes" na organização da Olimpíada. "As histórias sobre falta de pessoal nas empresas de segurança privada, a suposta greve dos funcionários de imigração e alfândega, nada disso é muito encorajador", afirmou. Além dos meios políticos britânicos, o próprio Obama aproveitou para criticar o adversário e manifestou "total confiança" na organização e na segurança dos jogos.