Os tumultos políticos prejudicaram a credibilidade da Romênia. Estados Unidos e União Europeia expressaram dúvidas sobre o respeito do governo de esquerda pela independência do Poder Judiciário. Críticos acusam o primeiro-ministro Victor Ponta - também envolvido em um escândalo de plágio - de orquestrar a crise política como parte de uma tentativa de tomada de poder.
O parlamento, dominado pelos aliados de Ponta, aprovou o impeachment de Basescu no início do mês, estabelecendo o referendo nacional deste domingo para decidir seu futuro. As urnas abriram às 7 horas no horário local (1 hora em Brasília) e devem fechar às 23 horas (17 horas em Brasília). Cerca de 18 milhões de romenos podem votar, inclusive os que vivem no exterior.
Pela manhã, com sete horas de votação, apenas 21,37% dos eleitores haviam comparecido, de acordo com a Agência Central de Eleições. A participação é menor do que nas eleições locais, quando no mesmo horário, 56% já haviam votado. A expectativa é de que a maioria decida por impedir Basescu de continuar no cargo. Mas há incertezas sobre o comparecimento, que se for muito baixo pode anular o referendo.
Basescu é presidente da Romênia desde 2004. Foi impedido pelo parlamento em 2007, mas sobreviveu ao referendo nacional.