Basescu, que foi capitão e cuja popularidade despencou em meio aos problemas políticos do país, afirmou que é vítima de uma vingança política e pediu que seus apoiadores boicotem a votação - uma tática que pode ajudá-lo a sobreviver politicamente.
Os tumultos políticos prejudicaram a credibilidade da Romênia. Estados Unidos e União Europeia expressaram dúvidas sobre o respeito do governo de esquerda pela independência do Poder Judiciário. Críticos acusam o primeiro-ministro Victor Ponta - também envolvido em um escândalo de plágio - de orquestrar a crise política como parte de uma tentativa de tomada de poder.
O parlamento, dominado pelos aliados de Ponta, aprovou o impeachment de Basescu no início do mês, estabelecendo o referendo nacional deste domingo para decidir seu futuro. As urnas abriram às 7 horas no horário local (1 hora em Brasília). Cerca de 18 milhões de romenos poderiam votar, inclusive os que vivem no exterior.
A expectativa era de que a maioria decidisse por impedir Basescu de continuar no cargo. Basescu é presidente da Romênia desde 2004. Foi impedido pelo parlamento em 2007, mas sobreviveu ao referendo nacional.