Fontes das forças de segurança de Damasco afirmaram que o Exército sírio controlava parte do bairro rebelde de Salahedin, em Aleppo, a grande cidade do norte do país, o que foi desmentido pelos rebeldes. "O Exército assumiu o controle de parte do bairro de Salahedin e prossegue com a ofensiva", declarou a fonte. Entrevistado por telefone pela AFP, o coronel Abdel Jabar al-Oqaidi, líder do conselho militar rebelde em Aleppo, desmentiu a informação e declarou que as tropas do governo "não avançaram nenhum metro". Desde sábado, quando teve início a ofensiva das tropas de Assad contra Aleppo, o Exército Sírio Livre (ESL, composto de desertores e civis armados) "impediu três ofensivas" contra Salahedin, afirmou Oqaidi.
Segundo o coronel, o ESL controla "de 35 a 40% de Aleppo", o centro econômico da Síria. O presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, afirmou que o Exército oficial chegou à periferia do bairro. Os rebeldes afirmam ainda que assumiram o comando de um estratégico posto de controle ao noroeste de Aleppo, entre a cidade e a fronteira com a Turquia. Nesta segunda-feira, a França, que assumirá a presidência do Conselho de Segurança da ONU em agosto, solicitará uma reunião urgente dos ministros das Relações Exteriores do organismo para examinar o caso da Síria, anunciou o chanceler francês Laurent Fabius. Em uma entrevista à rádio RTL, Fabius afirmou que ele mesmo presidirá a reunião, convocada de urgência para deter os massacres cometidos na Síria por Bashar al-Assad, que ele chamou de "carrasco".