"Nós não sabemos de onde vieram os morteiros, se foram ou não do regime sírio", afirmou Rami Abdul Rahman, diretor do Observatório. Ele acrescentou que a matança pode ter sido causada pelos confrontos no bairro vizinho de Tadamon, periferia sul de Damasco.
A agência de notícias estatal pôs a culpa em "terroristas mercenários" (como o governo chama os rebeldes) e disse que as forças de segurança os expulsaram.
Tropas do regime do presidente Bashar Assad, entretanto, no passado já atacaram o campo de refugiados, onde vivem quase 150 mil palestinos e seus descendentes, que foram expulsos de suas casas na guerra ocorrida durante a criação de Israel, em 1948. Os palestinos na Síria tentam ficar de fora da revolução, que já dura 17 meses, mas com Yarmouk localizado entre bairros simpáticos aos rebeldes, seus residentes foram arrastados para a luta.
Os habitantes mais jovens do campo de refugiados juntaram-se aos protestos contra Assad - e viram alvos quando forças do governo atiram nos manifestantes. Pouco antes do ataque com morteiros, moradores protestaram contra o regime, gritando slogans contra Assad e elogiando os opositores do Exército Livre Sírio.