Jornal Estado de Minas

Kim Jong Un tem reunião diplomática com a China

AFP
O governante norte-coreano Kim Jong Un teve nesta sexta-feira sua primeira reunião diplomática com dignitários chineses, em um encontro que a mídia estatal da Coreia do Norte afirmou ser o primeiro do jovem líder nas relações exteriores. A mídia norte-coreana não deu detalhes sobre a reunião, mas a agência estatal de notícias da China, Xinhua, afirmou que Kim discutiu a situação econômica do seu país com a delegação chinesa em um banquete que aconteceu na noite de quinta-feira. Segundo a Xinhua, Kim quer fazer parcerias econômicas com a China para desenvolver a economia norte-coreana.
A primeira reunião diplomática de Kim como líder ocorreu sete meses após ele assumir o poder, depois da morte do seu pai, o ditador Kim Jong Il, em dezembro do ano passado. Acredita-se que Kim Jong Un tenha 29 anos. Ele já mostrou que em algumas coisas seu governo será diferente do pai, que mantinha sua vida pessoal totalmente secreta, quase nunca viajava ao exterior e recebia diplomatas estrangeiros apenas em segredo.

Após ser nomeado marechal no mês passado, Kim Jong Un apresentou à mídia estatal sua esposa Ri Sol Ju. O jovem líder também enfatizou que elevar o baixo padrão de vida dos norte-coreanos será seu principal objetivo.

"Desenvolver a economia e melhorar as condições de vida, para que o povo norte-coreano leve vidas felizes e civilizadas, é o objetivo de luta do Partido dos Trabalhadores (da Coreia do Norte, o partido comunista local)", disse o comunicado da Xinhua que citou o chefe da delegação chinesa Wang Jiarui.

A reunião de Kim com a delegação chinesa ocorreu no momento em que a Coreia do Norte é atingida por devastadoras enchentes. Muitas fazendas e regiões rurais do país foram submersas pelas águas e pelo menos 120 pessoas foram mortas. Nesta sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo à comunidade internacional por doações urgentes de alimentos para três condados alagados na Coreia do Norte. No começo deste ano, bem antes das enchentes, a ONU informou que dois terços dos 24 milhões de norte-coreanos estão desnutridos ou enfrentam dificuldades para encontrar alimentos.