A terceira sala cível do tribunal de Justiça de La Paz destacou que "a ação popular não é a via idônea para reparar a fragilização de direitos fundamentais", criticou Rafael Quispe, ex-líder aimara que apoia a luta dos povos amazônicos.
Essa resposta "estava dentro do previsto. Vamos esgotar as instâncias nacionais para chegar à via internacional", destacou.
A justiça boliviana tinha rejeitado anteriormente outro recurso de amparo constitucional do líder do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), Fernando Vargas.
Diante dessa situação, os advogados dos indígenas preparam um novo recurso denominado 'ação de cumprimento', que será entregue em breve à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA.
O processo de consulta é considerado impróprio pelo líder do TIPNIS, Fernando Vargas, que em 2011 e 2012 liderou duas marchas de protesto contra a construção da rodovia, nas quais os indígenas caminharam entre Amazônia a La Paz, em um trajeto de 600 km percorrido a pé em dois meses.
Os indígenas temem que a via destrua o ecossistema e facilite a migração maciça de colonos para plantar coca, enquanto o governo garante que a estrada possibilitará a presença do Estado em uma área onde prolifera o tráfico de madeira, de animais exóticos e de drogas.