A Coreia do Sul não irá aceitar a movimentação do Japão para internacionalizar a disputa pelas ilhas reivindicadas tanto por Seul quanto por Tóquio, segundo divulgou, neste sábado, a agência estatal de notícias Xinhua, citando um oficial da Coreia da Sul. As declarações, de um diplomata que não teve seu nome divulgado, surgiram depois que o governo japonês disse que está considerando levar a questão territorial para a Corte Internacional de Justiça (ICJ, na sigla em inglês).
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, visitou, nesta sexta-feira, o arquipélago no Mar do Leste, de ilhas conhecidas como Dokdo na Coreia do Sul e Takeshima no Japão. A viagem fez de Lee o primeiro presidente sul-coreano a pisar no arquipélago rico em recursos minerais e provocou ira em Tóquio.
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Koichiro Gemba, afirmou que o governo precisa responder com firmeza à disputa territorial, acrescentando que irá considerar "medidas destinadas a resolver pacificamente as disputas, com base na legislação internacional, incluindo submeter a questão à ICJ".
Em resposta, o representante sul-coreano observou que o objetivo do lado japonês é "fazer de Dokdo uma disputa internacional", acrescentando que o posicionamento do governo de Seul é de não aceitar tal movimento, "pois Dokdo é claramente nosso território", informou a agência sul-coreana de notícias Yonhap.
O oficial diz que é necessário que as duas partes concordem em levar a questão para o ICJ. Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão reivindicam soberania sobre o arquipélago, que fica entre as duas nações. A Coreia do Sul tem controlado as ilhas desde a década de 1950.