Meios de comunicação estatais sírios disseram que "um grupo terrorista armado", termo usado pelo regime para falar dos rebeldes, colocou um explosivo no caminhão tanque.
O vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal al-Mokdad, reuniu-se com representantes da missão da ONU que vivem no hotel e disse posteriormente que eles não sofreram ferimentos.
"Eu fui informado que os observadores e os materiais da missão não foram afetados, graças a Deus!", disse ele aos jornalistas. "Este é outro ato criminoso que prova as investidas violentas que a Síria enfrenta e a natureza criminosa e selvagem dos que lideram esses ataques e aqueles que os apoiam, dentro e fora do país", acrescentou ele.
Mokdad afirmou que seu governo está orgulhoso do fato de que nenhum membro da missão da ONU se feriu desde o início dos trabalhos, no final de abril.
Os observadores, que não carregam armas, encerram seu trabalho na Síria no próximo domingo. O grupo chegou a ter cerca de 300 integrantes, mas o número foi reduzido praticamente pela metade. Eles foram enviados à Síria para monitorar o cessar-fogo entre forças do governo e combatentes da oposição e abrir caminho para a implementação do plano de seis pontos apoiado pela ONU e pela Liga Árabe.
Mas a missão é vista como um fracasso, já que nenhum dos lados tomou medidas significativas para encerrar a violência, enquanto Rússia e China não se entendem com os Estados Unidos e países europeus sobre uma forma de terminar o conflito.
No início deste mês, Kofi Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, deixou seu posto, citando sua incapacidade de implementar o plano de paz.
A rede de televisão Al-Arabiya, de Dubai, disse que um grupo que se denomina Ahfad al-Rasoul, ou Netos do Profeta Maomé, assumiu a autoria do ataque e informou que o alvo era um prédio do comando militar nas proximidades do hotel.