Jornal Estado de Minas

Dirigente talibã pede o fim da guerra no Afeganistão

AFP
Um membro destacado dos talibãs pediu o fim da guerra no Afeganistão e o início de negociações de paz após uma década de conflito, além de ter solicitado a libertação de prisioneiros e o fim das sanções aos líderes rebeldes para acelerar o processo.
"Todas as partes deveriam interromper os combates e chegar a uma solução para todas as divergências através do diálogo e das negociações", escreveu em um comunicado o mulá Agha Khan Motasim, que até 2009 liderava o comitê político e que mantém a influência em alguns círculos talibãs.

Motasim, que foi ministro das Finanças durante o regime talibã (1996-2001), deu boas-vindas aos "passos preliminares importantes" procedentes de todas as partes, como a suspensão das sanções da ONU contra membros do antigo regime, e destacou que como consequência os talibãs estão "predispostos ao diálogo".

Mas pediu às Nações Unidas e aos Estados Unidos a retirada dos nomes de talibãs que permanecem na lista negra e a libertação imediata dos líderes talibãs detidos em Guantánamo.

A ONU retirou o nome de Motasim da lista de sanções em 19 de julho, que era descrito como arrecadador de fundos que viajava frequentemente ao Golfo e que estava relacionado com o líder dos talibãs, o mulá Omar.

Assim como o mulá Abdul Ghani Baradar, que já foi apontado como o número dois dos talibãs, Motasim é considerado uma voz moderada dentro do grupo cada vez mais dividido.