Jornal Estado de Minas

Policiais reforçam presença em frente à embaixada do Equador antes da decisão sobre extradição de Assange

AFP

  Manifestantes demonstram apoio a Assange em frente à embaixada do Equador - Foto: AFP PHOTO / Rodrigo BUENDIA

A polícia britânica reforçou a presença nesta quinta-feira ao redor da embaixada do Equador em Londres, onde o fundador de WikiLeaks, Julian Assange, refugiado há dois meses no local, espera a decisão sobre seu pedido de asilo político, prometida para 12H00 GMT (9H00 de Brasília).

Apesar do reforço da presença policial, o esquema de segurança permanece discreto e a rua não foi fechada ao trânsito.

Alguns manifestantes pró-Assange passaram a noite diante da embaixada, alertados por um anúncio do governo equatoriano de que a embaixada estava sob ameaça de invasão.

A embaixada do Equador está localizada no elegante bairro de Kensington.

O WikiLeaks, portal de vazamento de documentos oficiais, condenou a ameaça britânica de invadir a embaixada equatoriana e chamou a eventual ação de "hostil e extrema".

Assange, cidadão australiano, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho para evitar a extradição à Suécia, país onde é suspeito de quatro crimes de agressão sexual, o que o fundador do WikiLeaks nega.

O fundador do WikiLeaks foi detido em Londres em dezembro de 2010 em cumprimento a uma ordem de captura emitida pela justiça sueca, depois que o portal divulgou mais de 250.000 telegramas diplomáticos de Washington e documentos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão.

Assange pediu asilo por considerar que a Suécia pode ser uma etapa prévia para sua entrega aos Estados Unidos, onde poderia ser julgado por espionagem, crime passível de pena de morte.