O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, chamou de "mesquinhos" os ataques às suas declarações fiscais, afirmando que pagou pelo menos 13% ao ano em impostos na última década, o que os democratas imediatamente o desafiaram a provar.
"Dado os desafios que o país deve enfrentar - 23 milhões de pessoas desempregadas, o Irã a ponto de adquirir armas nucleares, um em cada seis americanos em situação de pobreza - acredito que esta obsessão com os impostos que eu pago parece muito mesquinha", declarou Romney em um aeroporto perto de Greenville, na Carolina do Sul, antes de um evento de angariação de fundos para sua campanha.
O relatório de 2010, fornecido por Romney, indica que ele pagou até 13,9% em imposto sobre sua renda gerada com investimentos. Uma porcentagem que não deve impressionar os trabalhadores americanos, que pagam uma taxa de impostos de até 35%. O código fiscal americano é mais favorável aos rendimentos de capitais do que os do trabalho.
A esse respeito, Mitt Romney criticou o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, que o acusou de não pagar impostos por dez anos, uma alegação "totalmente falsa", segundo o republicano.
Romney propõe a redução da taxa de imposto de renda em 20%, eliminar o imposto sobre os rendimentos de investimentos e impostos imobiliários, e diminuir o imposto sobre as empresas.
De acordo com o seu adversário, Barack Obama, os 5 trilhões em cortes de impostos defendidos pelos republicanos beneficiaria os americanos mais ricos, mas causaria um aumento dos impostos em 2.000 dólares por ano para as famílias com crianças.
Logo após as declarações de Romney, a equipe de campanha do atual presidente desafiou o republicano. "Prove, governador Romney", disse o porta-voz do comitê de campanha de Obama, Ben LaBolt, durante uma coletiva de imprensa por telefone.
Romney "tem a possibilidade de provar o que afirma", divulgando mais do que a sua opinião sobre seus impostos de 2010, acrescentou LaBolt. Ele considerou que Romney "é um candidato que desafiou os precedentes estabelecidos pelos dois partidos", cujos candidatos à presidência, no passado, divulgaram até 12 anos de detalhes sobre sua renda
"Os americanos merecem a oportunidade de examinar estes documentos e tirar suas próprias conclusões", declarou LaBolt.