A situação do fundador e ex-editor-chefe do WikiLeaks está em impasse nesta sexta-feira. Ele permanece escondido na embaixada do Equador na Inglaterra (sua casa nos últimos dois meses), mesmo após o governo equatoriano ter lhe concedido asilo político e depois da disputa diplomática que se seguiu entre Quito e Londres, na quinta-feira.
O Reino Unido afirma que não pode permitir a passagem livre do australiano para o Equador devido ao mandado de prisão contra ele - o país chegou a afirmar que pode utilizar uma obscura lei para revogar o status da embaixada e assim entrar no local para prender o fundador do WikiLeaks.
O ministro de Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, afirmou que tentou obter garantias dos Estados Unidos, Reino Unido e Suécia de que Assange não será enviado para os EUA, mas que não as conseguiu. Se Assange for extraditado para os EUA "ele não teria um julgamento justo, poderá ser julgado por tribunais especiais ou militares, e não é implausível que seja submetido a tratamento cruel ou degradante, que possa ser condenado à prisão perpétua ou à morte, disse o ministro.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne-se nesta sexta-feira para decidir se será convocada uma reunião dos ministros de Relações Exteriores dos países membros para discutir a questão. A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland, rejeitou as alegações de que Assange poderá ser processado no país.