"Shimon Peres esqueceu em que consiste sua função de presidente", declararam, afirmando que o presidente cometeu no passado "erros cruciais em matéria de segurança nacional". No entanto, um porta-voz de Netanyahu disse não poder "confirmar oficialmente" estas declarações.
"Netanyahu se esconde atrás de seus assessores, o que não atenua suas graves críticas", indicou o líder do opositor Partido Trabalhista Shelly Yashimovich, segundo o site Ynet.
Para Shimon Shiffer, analista político do jornal Yedioth Aharonot, "a posição do presidente, somada a de funcionários de alto escalão dos serviços secretos e de segurança, inclinará a balança, no debate atual, a favor dos que se opõem a um ataque israelense" contra o Irã.
Peres havia declarado na quinta-feira que está claro que Israel não pode atacar o Irã sem a ajuda dos Estados Unidos, afirmando estar convencido de que o presidente americano, Barack Obama, cumpriria sua promessa de impedir que o Irã se dote de armas atômicas.
Há semanas, e com maior insistência nos últimos dias, os meios de comunicação israelenses publicaram declarações de funcionários sob anonimato que asseguraram que uma ação militar israelense contra o programa nuclear iraniano é iminente.
Israel, única potência nuclear da região, embora nunca tenha reconhecido este status oficialmente, considera que sua existência será ameaçada caso Teerã obtenha uma bomba atômica.
O Irã, no entanto, nega que seu programa nuclear tenha objetivos militares.