Há 17 meses, a Síria vive sob clima de guerra, pois integrantes da oposição e do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, enfrentam-se nas principais cidades do país. A oposição exige a renúncia de Assad e o fim das violações aos direitos humanos. Assad reage com repressão. Mais de 20 mil pessoas morreram nesse período, segundo organizações não governamentais (ONGs).
“(Na Síria) a mudança é inevitável, uma mudança séria, uma mudança fundamental, não cosmética. É necessário que as aspirações do povo sírio sejam satisfeitas”, disse Brahimi, evitando usar a palavra renúncia em relação a Assad.
Brahimi, de 78 anos, foi nomeado no dia 16 o novo mediador dos conflitos em substituição a Kofi Annan, que avisou que não permaneceria no cargo. A nomeação ocorreu um dia depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidir acabar com a missão de observadores da ONU na Síria, que era encarregada de fiscalizar um cessar-fogo que não ocorreu.
Pelas primeiras informações de hoje (20), foram registrados combates entre as forças do governo e da oposição em Assali e Qadam, no Sul da Síria. Ontem (19), pelo menos 84 pessoas morreram no país, a maioria civis, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Os conflitos ocorreram poucas horas depois de os últimos observadores da ONU deixarem o país. Foram enviados 300 observadores para a Síria.