Um conselheiro do Ministério sueco da Justiça declarou nesta terça-feira que as autoridades americanas, e não Estocolmo, devem dar ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, as garantias que ele pede para evitar ser extraditado da Suécia aos Estados Unidos.
Se Estocolmo receber um pedido de extradição de um país que aplica a pena de morte, como é o caso dos Estados Unidos, "a garantia de que não será pronunciada nem será aplicada a pena de morte deve vir do outro Estado", o solicitante da extradição, explicou Hedvall.
"As garantias não vêm do nosso lado, mas do outro", insistiu.
Julian Assange encontra-se atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, depois de um tribunal britânico ter aprovado em junho a sua extradição à Suécia para responder por acusações de estupro e agressão sexual, crimes que ele nega ter cometido.
Segundo seus partidários, o australiano teme que, em caso de extradição à Suécia, seja posteriormente entregue aos Estados Unidos, onde precisaria responder por acusações de espionagem por ter divulgado através do WikiLeaks, em 2010, milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana, o que o deixa sujeito à pena de morte.