O espanhol Baltasar Garzón, advogado de defesa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou nesta quinta-feira (23) que tem informações importantes sobre as acusações na Suécia de estupro contra seu cliente que provocarão surpresa quando reveladas.
Garzón, que se reuniu no domingo com Assange para estabelecer uma estratégia legal, disse que a defesa pediu que um promotor sueco viaje a Londres para ouvir o fundador do WikiLeaks.
O australiano, de 41 anos, refugiado na embaixada do Equador em Londres há dois meses, é acusado na Suécia de estupro e agressões sexuais, o que ele nega. O ativista virtual afirma que o pedido de extradição sueco é uma desculpa para que seja enviado aos Estados Unidos, onde seria julgado pela divulgação de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais.
Garzón, famoso pela tentativa de levar ao banco dos réus em 1998 o ditador chileno Augusto Pinochet, afirmou que a defesa tem elementos fundamentais sobre as acusações, que provocarão "uma grande surpresa".
"Não podemos divulgá-las imediatamente, mas pedimos à promotoria que tome um depoimento de Assange", disse Garzón em Brisbane.