A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, pediu que o Egito mantenha a comunicação aberta com Israel, depois de o novo governo do Cairo ter mobilizado suas forças na Península do Sinai, disse o Departamento de Estado, nesta quinta-feira.
Hillary conversou por telefone nesta quinta-feira com o ministro egípcio das Relações Exteriores, Mohamed Kamel Amr, em meio a um crescente mal-estar em Israel em relação ao presidente do Egito, Mohamed Mursi, que decidiu mobilizar tropas no Sinai, área desmilitarizada sob o tratado de paz de Camp David em 1979. "Este telefonema foi feito em meio a uma série de contatos que mantivemos nos últimos dias com ambos - egípcios e israelenses- estimulando ambas as partes a manterem abertas as linhas de comunicação entre elas, para falar diretamente sobre qualquer tema que as preocupe", disse aos jornalistas Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado. Clinton pediu uma política que "primeiro e, acima de tudo, fortaleça a segurança do Egito, mas também tenha um impacto positivo na segurança dos vizinhos da região como um todo", acrescentou Nuland. O Egito enviou tropas ao Sinai como medida drástica para combater as guerrilhas extremistas que mataram 16 guardas fronteiriços no dia 5 de agosto. Mursi estendeu sua influência e controle sobre os poderosos militares de seu país, removendo altos comandantes, incluindo o ministro da Defesa.