"No interesse da paz e da segurança na região e no mundo, peço encarecidamente ao governo iraniano que adote as medidas necessárias para restabelecer a confiança internacional sobre o caráter exclusivamente pacífico de seu programa nuclear".
O secretário-geral também pediu aos dirigentes de "todas as partes" na crise do programa nuclear iraniano o "fim das ameaças provocadoras", que poderiam "degenerar rapidamente em uma espiral de violência".
Ban fazia referência às ameaças de Israel de bombardear as centrais nucleares do Irã, país suspeito de ter ambições de produzir armamento nuclear.
Teerã, que nega ter um programa nuclear com fins militares, responde sistematicamente ameaçando destruir o Estado hebreu em caso de ataque.
O secretário-geral também condenou o Irã por sua negação do Holocausto e do direito de Israel a existir, repetido insistentemente pelos principais dirigentes iranianos, entre eles o guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei, e o presidente Mahmud Ahmadinejad, presentes na sala.
"Lamento firmemente qualquer ameaça de um Estado membro (da ONU) de destruir outro, ou os comentários ultrajantes que negam os fatos históricos como o Holocausto", declarou Ban.
"Dizer que um Estado membro da ONU não tem o direito de existir ou descrevê-lo em termos racistas não apenas está errado, mas também ameaça os próprios princípios (da ONU) que todos nos comprometemos a defender", concluiu.