O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, deverá fazer seu discurso de aceitação à candidatura à meia noite desta quinta-feira (pela hora de Brasília; 22h no horário da costa leste americana) encerrando a Convenção Nacional do Partido Republicano no Estado da Flórida. Romney, indica um e-mail que enviou a partidários na manhã desta quinta-feira, terá uma discurso mais agressivo contra o presidente Barack Obama, seu rival para as eleições de 6 de novembro. Assessores disseram a Romney que ele precisa adotar um viés mais "emocional" para atrair o eleitorado, que a partir da próxima semana começará a prestar atenção nas eleições.
Além da questão econômica, que é central no interesse do eleitorado e que a campanha de Romney está explorando bastante, o candidato deverá fazer alguma referência à sua religião mórmon - a maioria dos norte-americanos não vê a seita mórmon como parte da tradição cristã. Isso foi deixado mais ou menos claro no discurso do candidato a vice de Romney na chapa republicana, Paul Ryan, que na noite da quarta-feira disse que ele e Romney têm diferenças na religião, mas "o mesmo credo moral". Ryan, católico romano praticante, é contra o aborto, contra o casamento homossexual e também rechaça qualquer controle nas vendas de armas.
Romney é mórmon, mas de uma corrente considerada moderada, que condena a poligamia e tem uma cosmologia parecida com a cristã. Cerca de seis milhões dos 300 milhões de habitantes dos EUA são mórmons, a maioria vive no Estado de Utah, onde a seita nasceu em 1820.
O ex-governador da Flórida, Jeb Bush, deverá discursar nesta quinta-feira em apoio a Romney, às 20h locais (22h de Brasília). Vídeos dos ex-presidentes George Herbert W. Bush (1989-1993) e George W. Bush (2001-2009) foram exibidos ontem em telão em apoio à candidatura Romney. Os Bush são uma família de caciques políticos ainda influente no Partido Republicano.