Jornal Estado de Minas

Obama dará destaque à retirada das tropas do Iraque

AFP
O presidente Barack Obama lembrará na sexta-feira os dois anos de sua declaração sobre o fim das missões de combate dos Estados Unidos no Iraque, destacando sua liderança em um momento político importante.
Obama viajará para Fort Bliss, no Texas, para se reunir com militares e suas famílias, um dia depois do fim da convenção nacional republicana e dias antes da convenção democrata, na Carolina do Norte.

Sua última viagem à base do Texas e à fronteira com o Novo México dois anos atrás foi para receber as tropas que voltavam da guerra, horas antes de fazer um discurso transmitido pela televisão sobre o fim das operações de combate no Salão Oval.

"O foco da visita, acredito, será este importante aniversário," disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

"Ela também será focada no fato de que o presidente sempre disse que parte da responsabilidade pelo fim da guerra do Iraque é de quem serviu".

"O presidente vai concentrar sua visita nos nossos esforços para apoiar os membros dos EUA e suas famílias, com o fim da guerra do Iraque e o desenrolar da guerra no Afeganistão", acrescentou.

Obama declarou o fim das operações de combate americanas no Iraque, depois de sete anos de guerra, no dia 31 de agosto de 2010. Todas as forças dos Estados Unidos retornaram no final do ano passado.

Apesar de a viagem de Obama ser considerada uma viagem oficial, coerente com suas tarefas como comandante em chefe dos Estados Unidos, será feita em meio a um contexto altamente político.

O presidente fez seu nome na política se opondo à guerra do Iraque mesmo antes de ser eleito para o Senado em 2004 e considera o retorno das tropas americanas para casa como o cumprimento de uma de suas principais promessas políticas.

Sua decisão terá destaque na semana que vem em três dias de discursos e eventos que culminarão quando aceitar a sua indicação pelo partido democrata como candidato à Casa Branca, para seu segundo mandato, em novembro.

As pesquisas mostram que o desempenho de Obama relacionado à política externa é um de seus pontos fortes na busca pela reeleição, mesmo com as acusações dos republicanos de que o atual presidente não foi forte o bastante em muitas questões externas e que governou em meio à erosão do poder do país.