Jornal Estado de Minas

Angola terá eleições gerais na sexta-feira

AFP
Cerca de 9,7 milhões de angolanos, ou metade da população do país, estão registrados para votar na sexta-feira (31) nas eleições gerais do país. O presidente angolano José Eduardo dos Santos, que tenta se reeleger para um terceiro mandato, terá sua popularidade testada nas urnas, após uma década de paz e crescimento econômico - mesmo assim, mais de um terço dos angolanos vivem abaixo da linha da pobreza e 87% da população urbana do país mora em favelas. Santos, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) disputará as eleições contra Isaías Samakuva, líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Nas eleições legislativas de 2008, o MPLA obteve 82% dos votos. A UNITA obteve apenas 8%, mas deverá obter uma participação maior nas eleições de 31 de agosto, com os votos dos descontentes com a pobreza e a falta de democracia na ex-colônia portuguesa.
Em abril deste ano, foi criada a chamada Convergência Ampla para a Salvação de Angola, que uniu a UNITA e outros políticos opositores, como André Gaspar de Carvalho, um ex-general do exército. O líder da UNITA, Isaías Samakuva, prometeu subiu o salário mínimo no país, que atualmente é menor a US$ 100 mensais para US$ 500.

As eleições presidenciais de 2009 foram canceladas e em 2011 o governo mudou a Constituição, que determinou que o deputado mais votado nas eleições parlamentares será o presidente. Embora a UNITA tenha denunciado várias tentativas de fraudes do partido governista, as eleições da sexta-feira serão monitoradas por 3 mil observadores nacionais e 1.500 internacionais.