Bronca
Num momento mais lúcido, Clint "entortando os olhos, com o rosto magro emoldurado por seus cabelos grisalhos e desalinhados" disse à multidão inflamada: "Quando alguém não faz o trabalho, temos de mandar embora". Ocasionalmente, ele dava uma bronca na cadeira vazia, mandando que o Obama imaginário "cale a boca". Em dado momento, Clint chegou a dizer que o presidente seria "totalmente louco", durante sua controversa performance.
Estranho No entanto, as críticas chegaram até mesmo de republicanos. Mike Murphy, ex-assessor de Romney, tuitou: "Nota a arquivar: atores precisam de roteiro". "Clint, meu herói, está parecendo triste e patético", disse o lendário crítico de cinema Roger Ebert no Twitter. "Ele não precisava fazer isso consigo mesmo." O apresentador da CNN Howard Kurtz disse que a conversa com a cadeira vazia é "o mais estranho momento de uma convenção que eu já vi."
A frase "Obama invisível" se tornou viral na internet, e fotos de pessoas com cadeiras vazias encheram o Twitter. A conta do próprio Obama no site postou uma foto em que o presidente aparece sentado numa poltrona com a inscrição "O Presidente", e o comentário: "Esse assento está ocupado".
Apesar da reação ruim dos analistas, muitos participantes da convenção gostaram da apresentação do diretor de Menina de ouro. "Ele é um ator fabuloso", disse Rita Wray, delegada do Mississippi, que elogiou o "humor seco" dele. Wray disse ser fã dos filmes de Clint, embora não soubesse citar o nome de nenhum. O ator, republicano de longa data, já se envolveu diretamente com a política eleitoral e é conhecido por defender o direito de portar armas. Na década de 1980, ele foi prefeito de Carmel, a pequena e próspera cidade onde ele vive, na Califórnia.