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Estado de Minas

Clint Eastwood rouba cena ao provocar Obama

Participação do ator e diretor na convenção republicana extrai risos do público ao se dirigir a uma cadeira como se fosse o presidente Obama, mas foi alvo de duras críticas


postado em 01/09/2012 08:31

Washington Mitt Romney finalmente se sagrou oficialmente candidato presidencial do Partido Republicano dos EUA na quinta-feira, mas quem quase roubou a cena foi o ator Clint Eastwood, com sua confusa crítica contra o presidente Barack Obama %u2013 dirigida a uma cadeira vazia. Eastwood levou seu carisma e sua voz grave à convenção do Partido Republicano em Tampa, na Flórida, na qual foi incluído de última hora como orador com a missão de "esquentar" a plateia antes do discurso de Romney. A aparição dele, incluindo o improvisado monólogo com o Obama imaginário na cadeira vazia, empolgou muitos espectadores, mas foi bastante criticada por observadores de todo o espectro político. Clint, de 82 anos, ganhador do Oscar como ator e diretor, declarou apoio a Romney neste mês.

Depois de subir ao palco sob a música-tema do clássico faroeste Três homens em conflito (The good, the bad and the ugly), o ator iniciou um discurso em que, com feição impassível, se alternava entre as críticas mordazes contra Obama e declarações de apoio a Romney, a quem elogiou por sua atuação empresarial "impecável". Mas em vários momentos ele parecia quase incoerente, saltando de tema em tema %u2013 a economia, a Guerra no Afeganistão, a prisão militar de Guantánamo. A certa altura, afirmou que "nunca achei que seria uma boa ideia que advogados sejam presidentes", aparentemente alheio ao fato de que Romney é formado em direito.

Bronca

Num momento mais lúcido, Clint "entortando os olhos, com o rosto magro emoldurado por seus cabelos grisalhos e desalinhados" disse à multidão inflamada: "Quando alguém não faz o trabalho, temos de mandar embora". Ocasionalmente, ele dava uma bronca na cadeira vazia, mandando que o Obama imaginário "cale a boca". Em dado momento, Clint chegou a dizer que o presidente seria "totalmente louco", durante sua controversa performance.

Estranho No entanto, as críticas chegaram até mesmo de republicanos. Mike Murphy, ex-assessor de Romney, tuitou: "Nota a arquivar: atores precisam de roteiro". "Clint, meu herói, está parecendo triste e patético", disse o lendário crítico de cinema Roger Ebert no Twitter. "Ele não precisava fazer isso consigo mesmo." O apresentador da CNN Howard Kurtz disse que a conversa com a cadeira vazia é "o mais estranho momento de uma convenção que eu já vi."

A frase "Obama invisível" se tornou viral na internet, e fotos de pessoas com cadeiras vazias encheram o Twitter. A conta do próprio Obama no site postou uma foto em que o presidente aparece sentado numa poltrona com a inscrição "O Presidente", e o comentário: "Esse assento está ocupado".

Apesar da reação ruim dos analistas, muitos participantes da convenção gostaram da apresentação do diretor de Menina de ouro. "Ele é um ator fabuloso", disse Rita Wray, delegada do Mississippi, que elogiou o "humor seco" dele. Wray disse ser fã dos filmes de Clint, embora não soubesse citar o nome de nenhum. O ator, republicano de longa data, já se envolveu diretamente com a política eleitoral e é conhecido por defender o direito de portar armas. Na década de 1980, ele foi prefeito de Carmel, a pequena e próspera cidade onde ele vive, na Califórnia.


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