A emissora estatal de televisão veiculou imagens de pessoas votando em mais de 10 mil escolas, que ficaram fechadas por um mês para poderem se preparar para a eleição. "A votação ocorreu de maneira ordenada em todo o território nacional", dizia a manchete do Jornal de Angola. Quase 9,7 milhões de eleitores estavam aptos a votar, mas a participação na eleição não é obrigatória. Nas eleições de 2008, cerca de 87% dos eleitores participaram.
A apuração começou pouco após o fim da votação, mas o processo deve levar vários dias, pois muitas urnas precisam ser transportadas de regiões remotas do país. O presidente Santos, do Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA), está no poder há 33 anos e, se sair vitorioso, terá outro mandato de cinco anos.
O MPLA tem atualmente 191 das 220 cadeiras do Parlamento, que também será renovado nesta eleição. Pesquisas apontam que o principal partido de oposição, o Unita, pode crescer um pouco este ano, conquistando o voto de eleitores que reclamam da falta de democracia e da desigualdade social.
Pouco depois da independência da Angola, em 1975, teve início uma guerra civil, que durou até 2002 e terminou com a morte, em combate, do líder histórico do Unita, Jonas Savimbi. Desde então o movimento abandonou as armas e aderiu ao processo político, mas reclama de fraudes nas eleições.